quinta-feira, 27 de março de 2008

Novo Apiário, no Puxadouro!

Quando vou parar!...

Não resisti a estabelecer alguns contactos, a identificar alguns proprietários de terrenos nas proximidades de Enxemil, quase a chegar ao Puxadouro, para poder relocalizar o apiário de Enxemil e dar-lhe outra dimensão!... Agora parece não faltar quem disponibilize os seus pinhais para a instalação de colmeias!... Agora tenho dificuldade em optar pelo melhor local: um tem umas casitas próximo, outro entra já no raio dos 500m do apiário dum amigo... Agora desejava eu receber algumas negas para refrear esta maluqueira expansionista de criar mais um apiário... e já penso noutro a seguir a este!...
Não me chego a perceber!... Consciente que estou que não tenho vida para isto, que esta actividade não cria riqueza justificavel e que sendo uma actividade que exige sobretudo o dispêndio de mão-de-obra estará sempre limitada a minha capacidade humana... porque não estabeleço eu o limite?!... Pareço querer convercer-me que sou ilimitado!...
Por muito racional que seja a nossa prática e relação com o apiário, todos os maneios carecem de tempo que função de circunstâncias várias podem ser mais prolongados, exigirem mais ou menos variantes, numa dedicação individualizada às distintas colónias - princípio, que não nos permite estabelecer a hora do início ou o dia do fim!...

São Pequenos Pormenores...

que não sei explicar!

Hoje pelas 8H00 visitei a Mata, disposto a perseguir umas formigas que teimam em acampar num núcleo fraquinho do Felicidade...

Tudo em volta estava molhado da chuva da noite, o ambiente era húmido e o céu estava muito nublado, ameaçando um dia de chuva e provavelmente de algum vento como tem sido estes dias... esperava encontra-las recolhidas mas enganei-me!

As de sempre e umas espevitadas já mexiam com grande azáfama...

Ao aproximar-me no habitual silêncio dum grupo de colmeias novas onde se localiza a que está a ser atacada pelas formigas, constato que já elas e toda a vizinhança se aperceberam da minha chegada e irritadas se espalham pela tábua de voo levantando-se em pequenos voos... como que se preparando para o ataque... tive que me afastar...

Ao final da tarde fria e escura, foi a Cabedelo para matar as saudades... estacionei o carro, caminhei a uns 20m de uma das mais irritadiças e foi ver as minhas estacarias. Aí, a uns 70m de distância, entre os amieiros e salgueiros a observar o crescimento milimétrico dos rebentos dos plátanos comecei a ser atacado por uma e outra e outra... até quase à dezena de abelhas, obrigando-me a fazer o trajecto contrário até ao carro, donde tirei a máscara. Depois de protegido fiquei ali a ver aquela única colmeia com dezenas de abelhas a entrar e saír, ocupando toda a tábua de voo, numa azáfama indescritivel a fazer voos rasantes e investindo desesperadamente contra mim, incendiando tudo nas redondezas... perseguindo-me por dezenas de metros sem fim... deixando-me também a mim irado, capaz de as morder a todas... bem, talvez não... encontraria outra forma de descarregar a minha preocupação por ter ali no apiário uma colmeia num estado de irritabilidade, capaz de me arranjar problemas com a vizinhança...
Terão sido as mexidas das últimas semanas e as condições climatéricas destes dias que justificam tamanha agressividade... mas estas colmeias em concreto que apresentam maior agressividade não são abertas há mais de três semanas!... penso que a resposta está dentro da colmeia... tenho que as abrir... e talvez tira-las mesmo dos apiários, serão provavelmente as primeiras a deslocar para o novo apiário de Enxemil!...

sábado, 15 de março de 2008

O Final da Época

Também é desfasado!...

Ontem, a correr, dei uma olhadela na Mata... foi controlar a postura de algumas mestras que já deviam estar a pôr, fazer uns translarves, constatar um ataque de varrôa numa colmeia como já não tinha memória... verifiquei também que estes últimos dias após a chuva, ocorreram uns aportes de néctares visivel no movimento e no cheirinho do apiário, relocalizei alças, reforcei as colmeias novas mais fracas com uns quadros de criação e confirmei os pronuncios do final da grande campanha e a necessidade de tirar algum volume de alças... de tirar mel...
Constatei que na Mata, o volume de abelhas é menor, comparativamente ao de Enxemil e de Cabedelo... nestes o final da época parece ter um atraso de cerca de um mês... o mesmo desfasamento verificado no início da floração do eucalipto!...
Logo agora que estão a chegar as temperaturas mais amenas, fico sem floração e sem abelhas... o tempo corre muito depressa e concluo que já me resta pouco tempo para as renovações de mestras e desdobramentos... para brincar com elas...

quarta-feira, 12 de março de 2008

Os medos da fama...

vrs. a vulnerabilidade do local...

Hoje ao final do dia, ligou-me um dos meus vizinhos do apiário de Cabedelo dono de muitos terrenos nas redondezas... Queixava-se de lhe terem instalado umas vintadas de colmeias num dos seus terrenos, sem autorização prévia... Queria que eu o ajudasse a identificar o apicultor...
No espaço de menos de 1 ano, é o 2.º apiário que é instalado nas redondezas do meu a menos de 500,00m!... Por sinal e pela aparência das colmeias pertencentes ao mesmo apicultor... que, por engano terá ocupado o terreno do vizinho e também não terá reparado que não cumpre o afastamento mínimo entre apiários...
Este último Domingo à tarde enquanto me distraía a plantar duas dezenas de castanheiros foi visitado por três carros que vinham nitidamente ver o apiário... já que o caminho de serventia aos pinhais, ali não tem saída... mas nenhum saíu, nem meteu conversa... somente olheiros...
Durante a semana, ainda hoje, são as marcas de rodados de TT's... que fazem a inversão de marcha no meu terreno...
Sem querer dar valor a estes curiosos, não deixo de me sentir desconfortavel por me sentir observado... comentado... por quem?!... e para quê?!... Sem querer dar valor à invasão do meu espaço, sinto-me desrespeitado e inseguro a pesar de serem previsivelmente apicultores...
Reconheço que o apiário está bonito de se ver e a quantidade de alças distribuídas, em número superior ao que ocorre na região, gera a fama e esta corre depressa... e não deixo de me preocupar ao pensar no que se vai ouvindo por aí acerca dos amigos do alheio...

domingo, 2 de março de 2008

Análise Polínica do Mel

colhido em Setembro...

Ontem o pai trouxe-me o resultado da análise polínica dum mel que ele levou para análise... um mel colhido em Setembro, já depois do grande extracção... foi do último enfrascado para distribuir pelos amigos...
Fora um lote de catorze alças que surripiei às colmeias em Agosto para as deixar menos volumosas na chegada do Inverno, depois da sua tardia descida ao ninho... digamos que se esperaria um mel com grande diversidade polínica já que corresponderia a um período longo de campanha, provavelmente de Outubro 06 a Agosto 07...
E assim foi, foram identificadas 22 origens polínicas, com maior representatividade do eucalipto e urze na ordem dos 36% cada, seguido dos silvados com 10%, das giestas e do tojo e do saramago... sendo as restantes contribuições muito reduzidas, embora diversas...